Nos dias 23 e 24 de outubro realiza-se o seminário “Paisagens Ressonantes: Arte, Pedra e Sustentabilidade”, que reúne autores, investigadores e professores do ensino superior nas áreas das artes visuais, geologia, arquitetura paisagista e história.
A primeira sessão terá lugar a 23 de outubro, na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (FBAUP), e a segunda a 24 de outubro, no Museu Municipal de Valongo.
O encontro propõe uma reflexão interdisciplinar sobre a ardósia enquanto matéria identitária, recurso sustentável e campo de experimentação artística e científica.
Em paralelo, inaugura-se no Museu Municipal de Valongo a exposição Ecos de Ardósia, que reúne obras de Amadeu, Gonçalo Ribeiro, Ana Raquel Silva, Vieira Saraiva e Susana Olaio — o segundo grupo de autores selecionados para integrar as residências artísticas e tecnológicas da IV Bienal de Ardósia de Valongo. A mostra explora a relação entre o som e a ardósia, convocando reflexões sobre ecossustentabilidade, memória e experimentalismo. As obras resultam do diálogo entre artes visuais, ciência e tecnologia, e convidam a uma escuta atenta das ressonâncias do território e do património geológico de Valongo.
Visite a exposição de fotografia “Pedra sobre Pedra”, produzida pela Oficina da Imagem/QuadraSoltas a partir do próximo dia 11 de setembro, às 18h00, no Museu Municipal de Valongo.
Exposição integrada na IV Bienal de Ardósia de Valongo.
𝗘𝗰𝗵𝗼-𝗟𝗼𝗴𝗶𝗰𝗮𝗹 𝗪𝗮𝘃𝗲𝘀 | Curadoria de Domingos Loureiro
Exposição integrada na IV Bienal da Ardósia de Valongo
A exposição Echo-Logical Waves integra a programação da IV Bienal da Ardósia de Valongo, dedicada ao tema “A Ardósia e a Ecossustentabilidade”.
Com curadoria de Domingos Loureiro, a mostra reúne os artistas Angel Rodriguez (Valência, Espanha), Bete Gouveia (Recife, Brasil), Catarina Lira Pereira (Lisboa, Portugal), Vasja Lebaric (Liubliana, Eslovénia) e Victoria Sanchez Giner (Múrcia, Espanha), cujos trabalhos refletem, em diversas linguagens contemporâneas, as relações entre arte, som, matéria, território e consciência ecológica.
Partindo da ardósia enquanto elemento simbólico e material, Echo-Logical Waves propõe uma reflexão sobre os fluxos — físicos, sonoros e conceptuais — que atravessam os territórios naturais e as suas transformações. As obras apresentadas convocam o público a uma escuta atenta dos ecossistemas, promovendo uma experiência imersiva e sensorial que questiona o impacto das atividades humanas e aponta para formas mais sustentáveis de habitar o planeta.
A exposição constitui, assim, um espaço de diálogo entre estética, ciência e ecologia, onde a prática artística surge como mediadora de uma consciência crítica e sensível sobre o mundo natural e a sua preservação.
𝗗𝗮 𝗹𝗼𝘂𝘀𝗮 𝗮̀𝘀 𝗺𝗲𝗺𝗼́𝗿𝗶𝗮𝘀: 𝘁𝗿𝗶𝗹𝗼𝗴𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝘂𝗺𝗮 𝗕𝗶𝗲𝗻𝗮𝗹
Esta exposição retrospetiva percorre as três edições da Bienal da Ardósia de Valongo, revelando como a pedra que molda a geologia do território inspirou práticas artísticas, reflexões patrimoniais e vivências comunitárias. Entre instalações, registos e objetos, cruzam-se olhares sobre a lousa enquanto matéria, memória e expressão cultural.
Em ano de Bienal da Ardósia, o Museu Municipal volta a acolher um projeto especial integrado no Mês das Artes e das Expressões, promovido pelo Agrupamento de Escolas Vallis Longus.
Este projeto, com vários anos de história, visa dar a conhecer artistas plásticos e as suas linguagens artísticas, promovendo a cultura, estimulando a criatividade e envolvendo toda a comunidade educativa.
A exposição deste ano apresenta trabalhos inspirados na artista plástica Rosa Bela Cruz, realizados pelos alunos nas seguintes disciplinas:
* Expressão Plástica (Pré-escolar e 1.º ciclo)
* Educação Visual e Educação Tecnológica (2.º e 3.º ciclos)
* Artes da Ardósia (3.º ciclo)
Patente no Museu Municipal de Valongo de 30 de junho a 10 de novembro.
De segunda a sexta-feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.
”Fernando Lanhas no Território de Valongo” assinala o centenário do nascimento deste “homo universalis”, dando a conhecer as suas abordagens pioneiras em três áreas do património ambiental e cultural do território de Valongo: as primeiras intervenções artísticas na Serra nos anos 40 (vinte anos antes de surgir a Land Art), o estudo e sistematização das trilobites aqui encontradas, terminando, nos anos 70, com novos conceitos de museologia, que abrangeram os brinquedos de Alfena e Ermesinde, integrando os seus fabricantes e modos de produção no Museu de Etnografia e História do Porto.
Esta exposição vai ao encontro da aposta na valorização do nosso território, nas suas mais variadas vertentes, inserindo-se, assim, na missão da Bienal da Ardósia de Valongo, cuja terceira edição tem como mote “A paisagem como laboratório”, enquadrada no espírito da Land Art.
INTERVENIENTES: